
Após sofrer um ataque cardíaco e ser desaconselhado pelos médicos a retornar ao trabalho, Daniel Blake busca receber os benefícios concedidos pelo governo a todos que estão nesta situação. Entretanto, ele esbarra na extrema burocracia instalada pelo governo, amplificada pelo fato dele ser um analfabeto digital. Numa de suas várias idas a departamentos governamentais, ele conhece Katie, a mãe solteira de duas crianças, que se mudou recentemente para a cidade e também não possui condições financeiras para se manter. Após defendê-la, Daniel se aproxima de Katie e passa a ajudá-la. Essa é a história de Eu, Daniel Blake {I, Daniel Blake}.

Comovente, emocionante, e revoltante – com essas três palavras é possível definir a força deste filme que conquistou a Palma de Ouro, prêmio máximo do Festival de Cannes, em 2016.
Aos 80 anos o diretor Kenneth Loach prova que está muito longe da realidade de seu personagem principal. Sua direção é sensível e enérgica, capaz de filmar Eu, Daniel Blake em ordem cronológica.
Para ganhar sua segunda Palma de Ouro {o primeiro prêmio foi em 2006, com o filme Ventos da Liberdade} Loach fez uma escolha arriscada: Dave Johns estreia no cinema já como personagem principal. E merece aplausos. Uma atuação forte e comovente, capaz de nos fazer mergulhar no drama de Daniel Blake. Vivendo uma sofrida mãe solteira, Hayley Squires também prende o espectador.

Eu, Daniel Blake parece um documentário na forma em que foi filmado e por suas atuações, mas também pela triste realidade. O filme trata de uma realidade crítica, até mesmo cruel. Realidade no Reino Unido. Realidade no Brasil.
Imperdível.
Nos Cinemas.
Até a próxima,