
Cinebiografia de Lili Elbe (Eddie Redmayne), que nasceu Einar Mogens Wegener e foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero. Em foco o relacionamento amoroso do pintor dinamarquês com Gerda (Alicia Vikander) e sua descoberta como mulher. Essa é a história de A Garota Dinamarquesa {The Danish Girl}.

Eis um filme lindo, forte, sensível. E com assinatura. Quero dizer, é possível reconhecer as características do diretor e do ator principal. O pensamento imediato é: só podiam ser eles.
Eddie Redmayne venceu o Oscar 2015 por interpretar um cientista que revolucionou o mundo, apesar das transformações físicas. Agora ele vive um homem que se torna um dos primeiros a fazer a cirurgia genital. Isso no início do século XX!

Para viver sua esposa, convidaram Alicia Vikander. Seu trabalho mais expressivo, até agora, foi Ex Machina {que concorre a diversos Oscars}, mas os prêmios têm vindo graças a Gerda. Ela faz por merecer – boa parte do filme vale a pena graças às emoções de sua personagem.

Tom Hooper é o diretor, vencedor de dois Oscars: por Os Miseráveis e O Discurso do Rei. Qualquer semelhança de A Garota Dinamarquesa com este último filme deve ser mera coincidência: em ambos um homem tenta superar os limites físicos e entra pra História.

Pode se comparar A Garota Dinamarquesa a uma dança, com cenário e figurinos perfeitos, luz adequada, e personagens que se encontram e desencontram em pequenos espaços – dentro das próprias relações.

O filme foi indicado a quatro Oscars: Melhor Ator {Eddie Redmayne}; Melhor Atriz Coadjuvante {Alicia Vikander}; Melhor Figurino; Melhor Design de Produção.
Em cartaz a partir de amanhã, 11 de fevereiro.
O Oscar acontece dia 28 de fevereiro, e aqui na VISÃO.ARTE você conhece os principais indicados.
Até a próxima,